Quarta-feira de noite. Estamos comendo tapioca e discutindo reeducação alimentar.
Estou interessado porque tenho medo de chegar aos trinta. Quando surge a estória:
Sei que ele gostava de filmes de terror e reclamava que tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um minuto. Para ele isso era coisa séria. Não o suicídio não era vazio, mas só fazia se perceber durante aqueles momentos de susto. Com o barulho do corpo se estatelando no chão. Depois. Ficava o recomeço do novo barulho. Era assim, mas não achava errado andar por ai pensando em me matar. Todos os dias antes de dormir me fingia de morto ou paralisado – assim me sentia mais calmo em relação a minha enorme falsa apatia.
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